Você já ouviu falar em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial?
Essa é mais uma das especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Odontologia, que atualmente conta com 1.490 profissionais habilitados no Brasil.
Em suma, é a “especialidade odontológica que tem por objetivo promover e desenvolver uma base de conhecimentos científicos para melhor compreensão do diagnóstico e no tratamento das dores e distúrbios do sistema mastigatório, região orofacial e estruturas relacionadas”, segundo o Câmara Técnica da especialidade do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo.
Mas afinal o que faz o dentista especialista em DTM/DOF? Quais são os procedimentos realizados nessa especialidade? Como é a formação desse profissional? Onde ele pode atuar? Qual a média salarial?
Se você tem essa e outras perguntas, esse post pode te ajudar. Aqui vamos trazer tudo o que você precisa saber sobre a carreira de especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial.
Para saber mais, continue lendo este post.
O que é Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial?
Para respondermos essa pergunta, será necessário entender um pouco melhor sobre articulação temporomandibular.
Segundo a Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SBDOF), a articulação temporomandibular fica localizada entre a mandíbula e o crânio na região anterior à orelha, do lado direito e esquerdo.
São essas as articulações que possibilitam os movimentos da boca como abertura, fechamento, e demais funções como mastigar, falar e engolir. Essa estrutura é comumente abreviada como ATM.
A disfunção temporomandibular, por sua vez, é o nome dado a problemas e anormalidades que atingem essas estruturas, que podem prejudicar as funções ligadas a esse músculo, e causar dores orofaciais.
A dor orofacial, como o próprio nome diz, é aquela que atinge a cabeça, face, pescoço, boca ou mandíbula.
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O que faz um especialista em DTM/DOF?
As áreas de atuação do especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial são bastante amplas.
De acordo com a Câmara Técnica da especialidade do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, esse profissional é o responsável por realizar o diagnóstico e tratamento das alterações ocorridas nas articulações temporomandibulares, e também das dores na face, cabeça, e áreas adjacentes, sejam elas irradiadas ou não.
Ou seja, o especialista buscará realizar um diagnóstico que seja preciso e que resulte em um tratamento eficaz, visando evitar complicações como a cronificação da dor orofacial, uma vez que esse diagnóstico é extremamente complexo devido a estrutura investigada.
O que o CFO diz sobre essa especialidade?
O artigo 53 da Consolidação das Normas para procedimentos nos Conselhos de Odontologia do CFO, define a especialidade de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial como:
“especialidade que tem por objetivo promover e desenvolver uma base de conhecimentos científicos para melhor compreensão do diagnóstico e no tratamento das dores e distúrbios do sistema mastigatório, região orofacial e estruturas relacionadas
Já o artigo 54 deste mesmo documento, determina as áreas de competência para atuação do especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial. São elas:
- a) diagnóstico e prognóstico das dores orofaciais complexas, particularmente aquelas de natureza crônica;
- b) diagnóstico e prognóstico das disfunções temporomandibulares;
- c) interrelacionamento e participação da equipe multidisciplinar de dor em Instituições de Saúde, de Ensino e de Pesquisa;
- d) realização de estudos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais das disfunções temporomandibulares e dores que se manifestam na região orofacial; e,
- e) controle e tratamento das dores orofaciais e disfunções temporomandibulares, através de procedimentos de competência odontológica.
Você pode consultar esse material clicando aqui.
Qual é a formação necessária para ser especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial?
Para ser um especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, é necessário realizar uma pós-graduação na área em universidades ou faculdades com curso reconhecido pelo Ministério da Educação e que atenda às normas do Conselho Federal de Odontologia.
Se enquadram também nesse quesito escolas de Saúde Pública, que mantêm cursos para cirurgiões dentistas e órgãos oficiais da área de Saúde Pública e das forças armadas.
Entre essas normas, para o curso de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, é necessário que o curso tenha no mínimo 750 horas de duração, sendo concluído em até 24 meses.
Após o término do curso, é necessário realizar os trâmites de registro no Conselho Regional onde o profissional atuará, assim como é realizado com as demais especialidades odontológicas.
Quanto ganha um dentista especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial?
De acordo com o site Salário.com, a faixa salarial do cirurgião dentista especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial fica entre R$ 1.984,39 (média do piso salarial 2022 de acordos coletivos), R$ 2.310,16 (salário médio da pesquisa) e o teto salarial de R$ 3.029,15, levando em conta o salário base de profissionais em regime CLT de todo o Brasil.
O perfil profissional mais recorrente é o de um trabalhador com 30 anos, ensino superior completo, do sexo feminino que trabalha 5h semanais.
Vale ressaltar que os salários informados no site não contém adicionais salariais de nenhum tipo, como bônus, comissões, insalubridade, periculosidade, acúmulo de função, hora intervalar, nem nada do tipo.
Ou seja, é o valor baseado apenas no salário base mensal informado na demissão ou admissão em contrato de trabalho e/ou CTPS.
Por fim,
Esperamos que esse post tenha tirado a maioria das suas dúvidas em relação a especialização em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial. Se você gostou desse conteúdo, não deixe de compartilhar com os colegas e amigos de profissão.
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