Os protocolos de biossegurança na odontologia são de extrema importância e devem ser obedecidos em todos os atendimentos. Essas normas devem ser seguidas à risca, independente se o paciente está infectado ou não.
Assim como nos períodos mais críticos da pandemia de Covid-19, os protocolos de biossegurança devem manter os cuidados redobrados em todos os momentos. Não só para evitar o risco de contágio pelo coronavírus, mas também para evitar doenças causadas por outros vírus e bactérias.
Pensando nisso, separamos as principais mudanças ou melhorias nas práticas de biossegurança que surgiram com a Covid-19 e devem permanecer na prática odontológica para evitar doenças. Acompanhe!
O que é contaminação cruzada?
Antes de conhecer as melhores práticas de biossegurança na odontologia, é necessário entender o conceito de contaminação cruzada. Trata-se justamente da transferência de microrganismos para uma pessoa, o que desencadeia uma infecção.
Essa contaminação pode ocorrer por meio de fontes humanas, sendo uma pessoa responsável por hospedar o microorganismo e transmitir para outra pessoa; ou então por meio de fonte ambiental (instrumentos não esterilizados, equipamentos não desinfetados, poeira etc).
Quais riscos da contaminação cruzada?
A contaminação cruzada pode oferecer sérios riscos à saúde que variam de acordo com o microorganismo responsável pela infecção. Por esse motivo, é muito importante seguir as regras de biossegurança determinadas pelos órgãos competentes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Confira 5 práticas de biossegurança na odontologia
Existem diversas formas de adotar a biossegurança e evitar a contaminação cruzada na odontologia. Aqui, trouxemos 5 dicas imprescindíveis para ter um consultório mais seguro.
Vale ressaltar que é importante se atualizar sobre as exigências da Anvisa para oferecer um ambiente seguro e dentro das regulamentações.
Vamos lá?
1. Proteção da saúde do profissional
Antes de mais nada, é importante que o dentista, bem como a equipe que trabalha na clínica esteja com a saúde em dia. É essencial fazer exames periodicamente e ter bons hábitos.
Também é necessário ter o esquema vacinal completo. Afinal, profissionais da saúde estão sempre na linha de frente do combate às doenças e ficam sujeitos à contaminação por diversos vírus e infecções.
Com as vacinações em dia, o risco de contrair uma doença ou desenvolvê-la de forma mais grave reduz drasticamente.
2. Evitar contato direto com matéria orgânica
Dentistas, auxiliares e técnicos em saúde bucal podem ter contato com fluidos como saliva e sangue. E o contato com esses fluidos pode ser uma porta de entrada para contaminações cruzadas.
Por isso, é importante sempre utilizar barreiras protetoras no contato com esse material, ou seja, equipamentos de proteção individual (EPIs). O uso dessas proteções é muito eficaz para evitar o contato com o sangue e outras secreções orgânicas.
Entre os EPIs necessários para dentistas e demais membros da equipe de saúde estão:
- Luvas
- Jaleco/Avental
- Máscara
- Protetores oculares
- Gorro
- Sapatos fechados
3. Limitar propagação de microorganismos nas superfícies
Outra forma de evitar a contaminação cruzada é protegendo as superfícies do consultório. As barreiras impermeáveis, como filme pvc, devem ser trocadas a cada novo atendimento realizado, evitando assim uma possível contaminação.
Essas barreiras devem ser incluídas em todas as superfícies em que o paciente tem contato direto, como a cadeira e seus comandos, mangueiras e afins.
Lembre-se também de sempre utilizar álcool para realizar a desinfecção dos espaços comuns, onde os pacientes costumam interagir com objetos. O que nos leva ao nosso próximo tópico.
4. Limpeza, desinfecção do consultório
Quando falamos de contaminação ou infecção cruzada, é primordial que a clínica ou consultório tenha uma rotina de limpeza e desinfecção bem definidas e que funcionem de forma correta.
Todo consultório odontológico precisa de uma estação chamada de Central de Esterilização, onde serão realizados os procedimentos de desinfecção dos materiais e equipamentos utilizados nos atendimentos e procedimentos bucais.
Este espaço precisa seguir uma ordem unidirecional de procedimentos. São eles:
-
- Pré-lavagem: consiste na imersão de materiais em detergente enzimático durante 5 minutos.
- Lavagem: para remover material orgânico como saliva e/ou sangue.
- Secagem e/ou Inspeção visual: consiste em secar o material e analisar se há algum vestígio de resíduo orgânico restante.
- Embalagem.
- Esterilização.
5. Descarte correto de materiais
Por fim, uma outra forma de prevenir a contaminação cruzada e seguir as melhores práticas de biossegurança é realizar o descarte correto dos materiais e resíduos. Afinal, esses resíduos podem estar contaminados e podem oferecer riscos para os pacientes, dentistas e a equipe da clínica odontológica como um todo.
No manual de “Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos” da Anvisa, no capítulo sobre “Gerenciamento de resíduos em serviços odontológicos”, é possível encontrar como deve ser feito esse procedimento com detalhes, e de acordo com o tipo de resíduo.
Para ver com maiores detalhes, acesse clicando aqui (pág 113).
Por fim,
Esperamos que este material tenha te ajudado a entender um pouco mais sobre como prevenir a contaminação cruzada e adotar as melhores práticas de biossegurança na odontologia. Em caso de dúvidas, acesse os manuais da Anvisa e sempre consulte o seu Conselho Regional.
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